domingo, 24 de novembro de 2013

A composição da vida



     Não é de hoje que existe uma discussão no mundo inteiro, ao afinal, o que compõe a vida em si? Embrião, homozigoto, feto? Minha opinião é um conjunto de tudo isso! A vida em si, desde um ser unicelular, veja SER, já é vida.

     Sustento minha humilde opinião quando lembro que nós, seres humanos, gastamos anos de pesquisa e milhões em sondas enviadas para o espaço a procura de um único ser unicelular que seja para provarmos que não estamos sós no universo.

     Em muito, há muito tempo, tenho nutrido este sentimento em mim, de ser um gerador de vida, ter minha própria cria, filho, ser! Expandir meu universo, assim como muitos homens, me trás medo, e indagações, serei um bom pai? E o desejo de ter tantos acertos quanto meus pais, e menos erros quanto a mim mesmo (sim porque os meus erros são meus e não de criação de meus pais).

     No dia de ontem, tive a oportunidade de ver uma vida sendo gerada, na verdade, vidas! Foram cinco vidas, nascendo diante de meus olhos, daí percebi várias outras coisas, como por exemplo, o quão grandioso é o fator mãe em qualquer ser!

     Minha cachorra, Lola, começou o trabalho de parto por volta de 14 horas da tarde de 23 de dezembro de 2013, e, assim que saiu o primeiro filhote, confesso não estar lá confortável com a situação, a cena é algo saído do filme ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO, mas ao observar os olhos e a preocupação da Lola, ao limpar e ajudar o filhote sair do saco embrionário, ali percebi que a maternidade chega, e é ali que vi que existem seres que realmente estão preparados para ser pais, até mesmo meu cachorro, que é o pai por sinal, Rufus, se inquietou ao perceber o que estava acontecendo, e a seu jeito, tentou participar, zelando pelo trabalho de parto. O trabalho de parto acabou tarde da noite e, eu acompanhei cada um, com uma apreensão como se fossem meus próprios filhos.

     Durante o resto da noite, é impossível não querer acompanhar, e foi o que fizemos, alimentamos a Lola, hidratamos e, neste período, acompanhamos cada passo seu, encantando com a natureza materna se demonstrando da forma mais pura e primitiva, via a apreensão dela em estar próxima de todos os filhotes, aquecendo, ajudando a encontrar meios de amamentar e até mesmo ficando irritada com o causador de tudo aquilo, o Rufus! Por vezes, tivemos que tirar os filhotes dela para podermos fazer a assepsia dela e do local ao qual ela está com os filhotes, e o impressionante é ver que, enquanto eles estavam comigo ou com minha esposa, ela acompanhava e chorava como quem diz “São meus...”.

     A simpatia e a amorosidade dela me lembra em muito o Sherlock, falecido pela doença que atinge tanto nós humanos quanto a eles, o câncer. Ele era um cachorro especial, amoroso e companheiro, tão qual a Lola, e hoje, mais do que nunca, ela demonstra isso.

     Serão 30 dias, um mês, que terei que aproveitar e refletir sobre tudo, e treinar o sentimento de desapego em meu ser. Sou amante dos animais há muito tempo, e, sofro muito com cada partida. Apesar de não querer, teremos que doar cada um deles, não temos condições e nem espaço para criar sete cachorros em nossa casa, ainda sim, cada um terá espaço de suas patinhas em meu coração, como todos os outros, as 4 gerações de Pepeu, Banzé, Pateta, Multi (o ruivo), Sherlok (o coração valente), Bela (canguru), Roni (pateta), Fofa (a rata), Scooby (negão), Snoopy (buchudinho). Amarei a todos pra sempre!




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